O preconceito não tem peso físico que possa ser contabilizado em uma balança, mas pesa bem mais que o corpo de um gordo.

O preconceito não tem sexualidade nem preferência por gênero, mas é tão violento quanto um estupro.

O preconceito não tem cor visível, mas com toda certeza é bem mais escuro que a pele de um negro.

O preconceito não tem preço ele é distribuído de graça, o preconceito é vivo e se move com rapidez de um lince, espalha-se como um vírus, impregna o mundo e permanece anônimo mesmo quando esta mostrando a cara.

Dê voz a sua luta, seja contra o preconceito seja ele em que seguimento social esteja, o peso do preconceito pode ser grande,

porem o peso da sua força é bem maior.(Milly Costa)

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30 de mai. de 2011

Impunidade e Lágrimas


Em um plano estatístico do país e também do mundo a população é composta de uma maioria feminina. No Brasil a cerca de 20% a mais de mulheres que homens, em alguns estados  a contagem bate de 3 mulheres para cada 1 homem.  Os números são claros o SENSO não erra (segundo eles) e estamos vivendo uma realidade singular um mundo onde a maioria é feminina.
O interessante sobre todos esses dados é o fato de termos um mundo feminino e nunca antes na historia (ao menos não dessa forma tão descarada) se ter visto tantos crimes de cunho sexista em tão curto período de tempo e sem a devida atuação política, social e midiática  necessária, para garantir a mudança desse quadro.
O mundo virou uma festa de homens mal educados, mal amados, depressivos e assassinos em potencial, de repente temos um numero gigantesco de namorados, maridos e  amantes em geral insatisfeitos que decidiram que matar suas parceiras é a forma mais rápida, pratica e impune de resolver os seus problemas emocionais.  São dezenas de mortes por mês que passam em branco as autoridades, passam mudas pela mídia, e o pior passam sem nenhum mandado judicial para incriminar o autor dos crimes.
Mulheres que perdem suas vidas apenas por não desejarem mais estar em um relacionamento desgastado, ou simplesmente mulheres que passam a vida sendo espancada por seus cônjuges e que chegam a morte por falta de uma ajuda ou por falta de conhecimento. Essas mulheres conhecem o julgamento dos vizinhos, mas não conhecem a ajuda de nenhum deles.  Sei que existem mulheres que vivem esse quadro por vontade própria, cada um sabe do seu fetiche e não as julgo por ter tara por espancamento apenas não entendo   o prazer gerado através de dor ou de maus tratos mais não me cabe julgar.
Minha linha de raciocínio aqui é a constatação de um mundo cada vez mais machista, mesmo estando a população em sua maioria feminina, visualizado que as próprias mulheres praticam o machismo, (mas isso é tema pra outro texto). A policia não se preocupa com as queixas prestadas por mulheres nas delegacias pedindo apoio conta um parceiro violento, a policia malmente constata a queixa,  por varais vezes após a vitima estar morta, os parentes aparecem nos jornais dizendo que a vitima procurava a delegacia, prestava queixa, mas que os autores nunca são chamados para averiguação, muito menos indiciados.
Mortas e debaixo da terra  essas mulheres viram apenas estatísticas, deixam um buraco na família, um trauma nos filhos que ficam abandonados, pois muitas dessas mulheres não tem parentes a quem deixar os filhos. Tantas dessas crianças presenciam a morte de suas mães e se tornam adultos traumatizados e se voltam a ter um destino tão violento quando o do assassino de suas mães, ou seja seus próprios pais. Um ciclo de violência, mortes e impunidade que passa por gerações e não tem fim.
As mulheres são agredidas fisicamente e não tem coragem de denunciar o agressor, as mulheres são agredidas emocionalmente, psicologicamente e os agressores são sempre os mesmos e moram debaixo do mesmo teto, muitas delas não tem pra onde ir, ou uma forma de se matarem e em nome da sobrevivência se predem a essa infeliz realidade, outras saem de casa e tentam viver nova vida tentam outras possibilidades e são puxadas para a esse ciclo por esses doentes que não aceitam o termino da relação.
O que verdadeiramente importa é que nada é feito para mudar esse quadro que vem ganhando mais terreno a todo dia, depois de muita luta, muito espancamento e muita lagrima, a lei Maria da Penha foi criada, a lei existe, e da uma sensação de que o quadro pode ser revertido que esses agressores vão ser punidos, que aquela historia de bater em mulher se paga com cesta básica acabou. Mas e as mortas e essas mulheres que estão por ai morrendo como peixes num rio contaminado o que se faz delas?    
MIlly Costa
@AGordaR
www.projeto-gr.blogspot.com  

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Um comentário:

  1. Isto é realmente muito grade, mas o Brasil não faz nada em nossa defesa e como ficam imunes cometem todas estas violência

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