Cynthia Corvello na biblioteca do presídio (Foto: ig) |
O preconceito não tem peso físico que possa ser contabilizado em uma balança, mas pesa bem mais que o corpo de um gordo.
O preconceito não tem sexualidade nem preferência por gênero, mas é tão violento quanto um estupro.
O preconceito não tem cor visível, mas com toda certeza é bem mais escuro que a pele de um negro.
O preconceito não tem preço ele é distribuído de graça, o preconceito é vivo e se move com rapidez de um lince, espalha-se como um vírus, impregna o mundo e permanece anônimo mesmo quando esta mostrando a cara.
Dê voz a sua luta, seja contra o preconceito seja ele em que seguimento social esteja, o peso do preconceito pode ser grande,
porem o peso da sua força é bem maior.(Milly Costa)
3 de mar. de 2012
Presa aprovada pelo Enem espera sofrer preconceito de colegas
A divulgação dos aprovados pelo Enem para ingressar em universidade pública é um alívio para os convocados. Não para todos. Cynthya Corvello, 40, que conquistou vaga no curso de História da Universidade Federal do Ceará (UFC), terá que esperar mais uma decisão para comemorar.
Cynthya foi condenada a 25 anos e quatro meses pela co-autoria de um duplo homicídio praticado em Fortaleza, no ano 1993. Hoje, ela está presa em regime fechado no Instituto Penal Feminino, em Itatinga (CE), e aguarda uma autorização da Justiça para frequentar as aulas.
A Defensoria Pública do Estado do Ceará entrou com um pedido na Justiça para que Cynthia seja autorizada a deixar a carceragem cinco vezes por semana e percorrer 30 quilômetros até Fortaleza para assistir às aulas do curso de História do Centro de Humanidades da UFC, no bairro Benfica, região central da capital.
“Eu tento trabalhar a minha mente para, caso haja uma negativa, eu não me sinta frustrada, e não desista desse sonho que é voltar a estudar, mesmo em cárcere”, conta.
Se conseguir o feito, a partir do dia 23, quando o semestre letivo começa, irá para as aulas com monitoramento eletrônico ou sob escolta policial.
“Se eu tiver vergonha da minha situação de apenada, e estar buscando crescimento mesmo em situação de cárcere, o preconceito vai me doer. Se eu tiver orgulho da minha situação de apenada, que mesmo em cárcere está buscando crescimento, eu acho que, pouco a pouco, as pessoas vão se aproximar, vão me conhecer, e, de repente, podem achar até positivo essa integração entre a sociedade reclusa e a sociedade liberta”, reflete.
Cynthya tirou 900 na Redação – a nota máxima é 1000. Nas provas objetivas, sua média foi 612. A boa pontuação, contudo, não foi suficiente para uma vaga no curso de Psicologia, sua primeira opção. Como as aulas do curso de Filosofia da UFC são à noite, a logística para comparecer às aulas seria ainda mais complicada. Restou História.fonte
São temas como esse que nos fazem pensar, no que acreditamos, ou no que escutamos ao longo da vida, OPORTUNIDADES devem ser dadas a todas as pessoas, independente do que elas tenham feito ?!!!
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Espero que consiga, existem outros casos assim.
ResponderExcluirTodo mundo merece uma chance. Acredito que, o melhor recurso seja o ensino. Abraços MILLLLL
ResponderExcluirNão pode culpar as pessoas por terem raiva e medo de cidadãos de caráter torpe como a citada acima.Não concordo que qualquer pessoa deva ter direito a uma segunda chance.O preconceito da sociedade deveria ser um estímulo a mais para que não se entre na vida marginal.Esses cidadaõs só deveriam ter direito a empregos insalubres e pesados.
ResponderExcluirLi a matéria e todas as opiniões aqui, mas a do anônimo me fez pensar... ao se cometer um crime, tanta coisa muda... porque a pessoa não pensa nisso antes? Ela quer uma segunda chance... eu não sou ninguém para condenar... mas os que são atacados, os que são assinados, os que tem suas vidas destruídas... esses tem uma segunda chance? O que foi assassinado levantará da sepultura numa segunda chance? E a vida da família destruída? Mas todos tem direito a uma mudança... e mudamos de opinião e de visão de vida ao longo de nossas vidas.
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